Mesmo que uma pessoa não seja supersticiosa, estamos rodeados de objetos, costumes e crenças supersticiosas. Assim, chega um momento que, querendo ou não, chegamos a incorporar inconscientemente algumas dessas coisas.

É como se, quase sem perceber, esses costumes fossem ficando como convenções sociais que nem paramos para pensar em quanto eles fazem parte da nossa cultura.

Imagine o quanto eles foram incorporados nas sociedades que, até mesmo nas mais avançadas em tecnologia e ciência, as superstições ainda encontram um lugar para sobreviver.

Estudos apontam que as pessoas que jogam no casino são as mais supersticiosas do mundo. O que é bastante lógico, já que os jogos de azar são 90% sorte e apenas 10% estratégia ou tática.

Mas para terminar de compreender de que estamos falando, o que é mesmo uma superstição? Por definição, uma superstição é qualquer crença bastante aceita pelas pessoas de que um dia, ação ou objeto determinado podem influenciar de alguma maneira um evento, seja negativa ou positivamente.

Há superstições de todo tipo, algumas delas se baseiam em fatos ocorridos, como a da sexta-feira 13, que remete a uma massacre dos templários que impressionou tanto as pessoas que esse dia passou a ser associado ao azar.

Você já experimentou alguma vez a sensação de que algo trouxesse sorte ou azar? Mesmo não sendo consciente, muitas vezes chegamos a dizer que alguma coisa foi a causante da boa ou da má sorte em algum evento. Mas a que se deve isso? Você pode estar pensando que não é uma pessoa supersticiosa e que não se deixaria levar por meras crenças populares ou afirmações tão pouco confiáveis. Apesar disso tudo, está provado que muitos de nós, talvez a maioria, já identificamos alguma coisa como a provocadora de um resultado final. E se pensarmos bem, pode ser que até nos lembremos de alguma dessas ocasiões.

A cor verde me traz sorte”, “só vou jogar se Antônio for comigo”, “não jogo, se não for nessa cadeira”. Achou conhecida alguma dessas afirmações? Tem certeza de que nunca disse alguma coisa dessas ou, no mínimo, pensou nisso depois de determinada experiência? Se você já identificou ter dito algo semelhante em alguma circunstância, fique tranquilo. Não se preocupe que isso tem uma explicação até cientificamente estudada e é mais normal do que imaginarmos. Quer ver?

A psicologia é a ciência que tem se dedicado a estudar esse fenômeno, junto com o comportamento dos jogadores. É devido a isso que ela pode nos trazer uma explicação bastante lógica para o fato de tantas pessoas aderirem a superstições. Será que há algo de estranho nessa adesão tão forte e com tanta confiança? Vamos ver qual foi a conclusão a que chegaram estudiosos psicólogos.

A psicologia afirma que a “sorte” ou “sensação de sorte” a que nos referimos com essas expressões faz parte de um processo normal, nas pessoas. Quando obtemos um bom resultado no final de algum evento, neste caso na partida de algum jogo, tendemos a associar o fato de ter saído vitoriosos a algum objeto, detalhe ou ação que tiver feito parte desse momento. Quer dizer que é o normal funcionamento, parecido ao método tão comum que todos usamos quando queremos lembrar algo. Por exemplo, se temos esquecido a data de algum fato, tendemos a pensar em outros acontecimentos, pessoas ou lugares que lembrem o contexto. Isso para quê? O que conseguimos com isso é associar uma coisa a outra, para saber os detalhes. Com a sorte acontece exatamente o mesmo. Tanto se o jogo tiver dado certo quanto se o resultado tiver sido ruim, tendemos a relacionar isso com uma roupa, um objeto, uma cor, um lugar ou companhia com o resultado. E praticamente de maneira inconsciente, aos poucos, vamos ficando com essa ideia em mente. O que leva a que queiramos repetir aquela ação que deu sorte. Ou, tudo pelo contrário, que queiramos evitar o que não foi bom.

Basicamente, ao identificar esse “algo” presente na hora da sorte ou do azar, tendemos a pensar nisso como determinante de atração de resultados positivos ou negativos. Isto é, sem perceber, esse determinante vira superstição.

Antes de chegar a considerar determinada coisa como influente direto do resultado (fator sorte), muito provavelmente, só comecemos por mostrar uma certa e sutil confiança, ou falta dela se não estiver presente.

Mas não termina aí o resultado do estudo. Quer saber mais do que os psicólogos descobriram? Pois bem, eles foram ambiciosos e chegaram até tentar compreender se de fato pode ter “amuletos” que funcionem ou se tudo faz parte do processo psicológico. Vamos lá.

Como entender se algo pode trazer sorte ou não? Ou, melhor dito, como chegar a pensar que algo é o fator imprescindível no resultado. Isso ocorre ao experimentar o que explicávamos, nos parágrafos anteriores. Ao sentir mais confiança com a presença de um amuleto ou menos confiança sem a presença dele, fazemos com que a nossa disposição seja diretamente alterada, junto com os nossos sentidos e estímulos. Quando estamos confiantes, atuamos com mais tática, com energias e a disposição é muito boa. O que, logicamente, pode levar a um resultado melhor.

Já, no caso contrário, quando não estamos confiantes, a nossa disposição diminui e os nossos sentidos e estímulos atuam mais lentamente. O que, também por sentido lógico, pode concluir menos positivamente. Acredite, se quiser, mas todos temos algum fator que achamos relevante para que seja uma boa partida de jogo.

Superstição no jogo: costume ou crença?
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